«Estamos perante o principal artista da nossa Renascença»
como refere Jorge Segurado.
No livro Da Pintura Antiga, Francisco de Holanda faz
uma definição de pintor, de influência platónica. Holanda afirma que não é
aprendendo que um homem se pode tornar pintor. A pintura é uma ciência que só
se dominará na perfeição se já a trouxermos de nascimento, isto é, de forma
inata. Holanda afirma que a pintura é um Dom divino e inato.
Para Francisco de Holanda, Deus é a fonte de toda a
pintura, sendo também ele o primeiro pintor. A criação é por si encarada como
um dar forma pela luz, recuperando a metafísica da luz do platonismo,
concebendo por isso a criação como uma função plástica animante, correspondendo
a um modelo ou ideia previamente formulado no intelecto divino, tema já
sublimemente afirmado por Sto. Agostinho ao estabelecer que Deus não conhece as
coisas porque elas existem, mas que as coisas existem porque ele as conhece.
Holanda nasceu na cidade de Lisboa, conforme refere na
obra Da Pintura Antiga, tendo provavelmente nascido em 1517 ou 1518, portanto,
no reinado de D. Manuel I. Faleceu também em Lisboa, em 1584. Holanda que desde
muito novo, mostrou clara propensa para a arte da pintura.
Introdução, notas e comentários de José da Felicidade
Alves
Formato: 17 x 23,5 cm /
128 Páginas Br
Edição Livros Horizonte, 1984
Edição Livros Horizonte, 1984
INDISPONÍVEL
Sem comentários:
Enviar um comentário