Francisco da Holanda | Da Fábrica que falece à cidade de Lisboa

Esta pesquisa enfoca particularmente a relação entre arquitectura e cidade presente no manuscrito que reúne, nas lembranças, uma série de imagens destinadas a conferir um perfil monumental a Lisboa, cidade capital do reino e modelo para as principais colónias portuguesas. No novo olhar sobre Da Fabrica que falece procura verificar a hipótese de que o manuscrito deva ser interpretado como um memorial de arquitectura aplicado à cidade, onde o arquitecto elabora imagens retóricas para promover a Renovatio urbis de Lisboa. Como - Rainha de um vasto império português a capital deveria ser transformada à imagem da magnificência da Roma Antiga e imperial, um topos que já vinha sendo reiterado nas principais cortes italianas entre os séculos XV e XVI e que nas palavras de Holanda assume um tom muito particular. Os ensaios destacam a importância assumida por Holanda, enquanto arquitecto conselheiro régio, que interpreta as aspirações artísticas e políticas conflitantes da corte de D. João III (1521-1557) e D. Sebastião (1568-1578). E em função das experiências vivenciadas em Itália, sobretudo em Roma, Florença e Veneza, através de levantamentos, do estudo da Antiguidade, da arquitectura Imperial e do contacto mantido com artistas italianos ele propõe a renovação da cidade capital decalcada no modelo antigo.

Introdução, notas e comentários de José da Felicidade Alves
Formato: 17 x 23,5 cm / 110 Páginas Br
Edição Livros Horizonte, 1984

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