Aureliano Lima | O Homem Cinzento ou a Alquimia dos Números - narrativa

O texto em questão vive sobretudo dum diálogo entre o eu do narrador e o outro, apresentado sucessivamente como o «amigo», «um sujeito que se cola a mim como uma ventosa», «uma criatura cinzenta, baça, incomodativa», «um muro impenetrável» e finalmente, como se regressássemos à primeira caracterização com um novo entendimento, «o meu verdadeiro Amigo». O outro, ao contrário do que acontece com o tu que é sempre intermediário que permite vencer o nosso isolamento em relação á própria realidade, tenda a transformar-se apenas no substituto do eu. Desenha-se assim, uma metamorfose dum ser cujos limites, voltados para uma realidade hostil e que ele hostiliza pela própria possibilidade de a destruir ou alterar, tornam-se demasiado esbatidos para que possam traçar-lhe o perfil essencial: «Você não tem a face do seu espelho…». Da introdução

Introdução por Fernando Guimarães
Formato: 15 x 20,5 cm / 30 Páginas Br
1ª Edição do Autor, 1975

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