Achegas para a História do Porto de Carreiros | Henrique Vieira de Oliveira

O Porto de Carreiros serviu para desembarque de pessoas, mercadorias e correio, quando a barra do rio Douro não dava entrada por efeito de correntes de vazante ou de cheias.

«De facto, a história do Molhe de Carreiros, que o presente trabalho relata, polariza e exprime os movimentos das gentes e da navegação naquele sector litorâneo, nomeadamente a deslocação da parte das populações banhistas das praias da zona da Senhora da Luz, das Pastoras, do Caneiro, dos Ingleses, da Luz, únicas frequentadas ainda nos finais do século passado, para o Norte, até ao areal da actual Praia do Molhe.
Em tempos mais recuados, nas mencionadas praias da Foz São-Joaneira – a Foz velha (onde, na data certa, tinha lugar o banho santo da festa de S. Bartolomeu), concentravam-se as gentes balneares da área e veraneantes do Porto, que vinham no carroção grande puxado por bois, em «char-à-bancs» ou, em certos casos, de barco, rio abaixo, desde a Ribeira ou Massarelos até à barra e regressando; e os minúsculos areais que se seguiam dali para norte entre a penedia, a sul do Porto de Carreiros, eram ainda totalmente desérticos (a não ser possivelmente o da própria enseada onde tomariam banho familiares dos barqueiros ou gente marítima que ali habitariam, sem esquecer precursores mais interessados na solidão relativa)». Do prefácio

Prefácio de Ernesto Veiga de Oliveira
Formato: 17,5 x 22 cm / 99 Páginas Br
1ª Edição | O Progresso da Foz - Porto, Nevogilde 1989

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